

Durante muitos anos, prescrever significou pegar um papel, carimbar, assinar e entregar ao paciente.
Mas a verdade é que essa prática já não faz sentido em 2025 — nem para o médico, nem para o paciente.
Hoje, a prescrição digital deixou de ser uma inovação e se tornou parte fundamental de uma medicina mais segura, sustentável, acessível e centrada no paciente. E quero compartilhar com vocês porque acredito que ela não é apenas um avanço tecnológico… é uma evolução natural da prática médica.
Cada receita impressa representa papel, toner, envelopes, impressoras e descarte. Tudo isso pode parecer pequeno no dia a dia individual de cada médico, mas, somado ao longo dos anos e considerando a quantidade de médicos prescrevendo, tem um impacto ambiental enorme.
Com a prescrição digital, eliminamos tudo isso — e ainda ganhamos eficiência. A receita chega ao celular do paciente em segundos, está sempre disponível, não se perde e não precisa ser reemitida. Quantas vezes você já precisou refazer uma receita porque o paciente perdeu a original? Eu perdi a conta.

A prescrição digital traz uma praticidade concreta ao paciente: ela elimina a preocupação de guardar e apresentar documentos físicos, já que a receita está sempre acessível em formato eletrônico.
Para o médico, representa também um ganho de tempo importante. Ao prescrever digitalmente, a informação é automaticamente registrada no prontuário eletrônico, evitando a duplicidade de trabalho e facilitando o acompanhamento do histórico terapêutico.
E talvez o ponto mais transformador seja o impacto no cuidado remoto: a prescrição digital permite que a consulta feita por teleatendimento seja completa — com prescrição, orientação e início do tratamento realizados à distância.
Prescrições em papel são facilmente falsificáveis. Um carimbo pode ser feito com facilidade e as assinaturas físicas dos médicos não têm como serem validadas nas farmácias.
Com a prescrição digital assinada eletronicamente, a farmácia valida a autenticidade em segundos. É mais seguro para todos.
E se antes havia dúvidas sobre privacidade, hoje a realidade é o oposto: a receita digital é mais segura do que a física. O documento só revela dados sensíveis do paciente após validações, ao contrário da receita em papel, que pode ser vista por qualquer pessoa que a tenha em mãos.
Muitos dos “desafios” que se citavam há alguns anos simplesmente deixaram de existir:
Em resumo: o que antes era obstáculo hoje já não impede a adoção dessa tecnologia.

Outro ganho relevante é o apoio à decisão médica.
As plataformas atuais mostram interações medicamentosas em tempo real, alertam para duplicidades e sugerem alternativas terapêuticas mais seguras.
Essa camada de suporte simplesmente não existe no papel — e pode fazer diferença no desfecho do tratamento.
Se você ainda não utiliza a prescrição digital, minha provocação é simples: por que não começar agora?
A medicina do presente caminha em conjunto com o digital — e a prescrição é um dos exemplos mais claros disso.
Adotar essa tecnologia não é “inovar”: é oferecer um cuidado mais humano, seguro e inteligente.
Vamos juntos nessa transformação.




