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Do hospital de referência ao consultório particular: o desafio da marca pessoal na medicina

11 abr, 2025
Médica em seu consultório

*Por Taurã Figueiredo - CRO da Livance

Imagine um paciente que busca atendimento no Hospital Sírio-Libanês ou no Albert Einstein. Ele entra pela porta principal, confia na reputação da instituição e se submete aos protocolos de excelência estabelecidos. Nesse ambiente, o médico faz parte desse ecossistema de credibilidade. Mas o que acontece quando esse mesmo profissional decide abrir seu consultório particular? O jogo muda completamente.

Nos hospitais de referência, o paciente não está, necessariamente, escolhendo o médico. Ele está escolhendo a instituição, que já consolidou sua reputação e transmite segurança. O profissional, ao integrar esse ambiente, se beneficia dessa reputação de excelência e, muitas vezes, não precisa investir diretamente na construção de sua própria marca.

Por outro lado, ao abrir um consultório particular, o médico precisa desenvolver sua própria identidade e autoridade. Ele deixa de ser apenas parte de um grande nome para se tornar o protagonista da sua própria história. Aqui, dois conceitos fundamentais entram em cena: awareness (reconhecimento de marca) e reputação (percepção da qualidade e confiabilidade do serviço prestado).

Construindo awareness fora dos grandes hospitais

No hospital, o nome da instituição já atrai pacientes e mídia, mas, no consultório, o médico precisa tornar sua marca reconhecida. Para isso, algumas estratégias são essenciais:

  • Presença digital consistente: um site profissional, presença ativa em redes sociais e produção de conteúdo relevante são fundamentais. Publicar artigos sobre temas da especialidade, esclarecer dúvidas comuns e compartilhar histórias de sucesso podem atrair potenciais pacientes.
  • Marketing de indicação: pacientes satisfeitos são a melhor publicidade. O boca a boca continua sendo um dos pilares da construção de reputação na área da saúde. Criar um programa de indicações ou incentivar avaliações pode aumentar a visibilidade.
  • Networking no consultório: estabelecer parcerias com outros médicos pode ajudar a construir uma rede de referências. Em espaços compartilhados como a Livance, essa conexão entre profissionais de diferentes especialidades é gerada naturalmente e favorece a indicação mútua de pacientes.
  • Parcerias estratégicas: estar presente em eventos médicos, colaborar com outros profissionais e se envolver com associações da área são formas de gerar reconhecimento.
  • Mídia espontânea e imprensa: conceder entrevistas para jornais, rádios e portais de saúde ajuda a consolidar a autoridade do profissional. Ter uma assessoria de imprensa pode ser um diferencial importante.

Construindo reputação no consultório

Se awareness diz respeito a ser conhecido, a reputação está ligada à percepção de qualidade e confiabilidade. Algumas práticas fundamentais para consolidar uma boa reputação incluem:

  • Excelência no atendimento: mais do que um atendimento de qualidade, é essencial proporcionar uma jornada fluida e acolhedora para os pacientes, desde o primeiro contato até o pós-consulta. Isso envolve atenção aos detalhes, comunicação eficiente e um compromisso genuíno com o bem-estar do paciente.
  • Experiência do paciente: um consultório bem estruturado, com um ambiente agradável e tecnologia integrada, contribui para a percepção de credibilidade e profissionalismo. Na Livance, os profissionais encontram uma infraestrutura de alto padrão e ferramentas tecnológicas que facilitam a gestão do consultório, permitindo que foquem no que realmente importa: oferecer um atendimento de qualidade e construir relações de confiança com seus pacientes.
  • Autoridade técnica: participação em congressos, publicações científicas e presença na mídia ajudam a reforçar a percepção de credibilidade. O médico pode também criar cursos e palestras para outros profissionais, fortalecendo sua imagem como referência na especialidade.
  • Feedbacks positivos: depoimentos de pacientes e avaliações em plataformas relevantes fortalecem a reputação. Manter um canal aberto para receber críticas construtivas e responder de forma atenciosa é essencial.
  • Atendimento humanizado: os pacientes buscam cada vez mais médicos que os escutem e compreendam suas necessidades. Construir relações de confiança é um diferencial competitivo.

O impacto das redes sociais na construção da marca médica

As redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para médicos que desejam construir sua própria marca. No entanto, é preciso saber utilizá-las com ética e responsabilidade. Algumas dicas incluem:

  • Criar conteúdo educativo: em vez de simplesmente promover os serviços, o médico pode compartilhar informações relevantes sobre sua especialidade, ajudando a esclarecer dúvidas do público.
  • Evitar sensacionalismo: a ética médica deve ser respeitada, evitando exageros ou promessas de resultados milagrosos.
  • Mostrar bastidores com autenticidade: compartilhar o dia a dia no consultório, eventos acadêmicos e interações com a equipe ajuda a humanizar a imagem do profissional.
  • Usar depoimentos com autorização: caso vá compartilhar experiências de pacientes, é essencial obter consentimento por escrito. Conforme a Resolução n.º 2.336/2023, os médicos têm a permissão de compartilhar elogios e depoimentos de pacientes em suas redes sociais, desde que o façam de maneira ética e equilibrada. Isso significa que os relatos devem ser apresentados de forma objetiva, sem exageros ou promessas irreais de resultados, garantindo transparência e responsabilidade na comunicação.

A importância do posicionamento estratégico

Assim como qualquer marca, a identidade de um médico no mercado precisa ser bem definida. Perguntas como "Qual é meu diferencial?", "Quais valores desejo transmitir?" e "Quem é meu público-alvo?" devem ser respondidas. Isso ajuda a definir desde os valores e diferenciais que o médico deseja transmitir até a maneira como ele se posiciona no mercado e interage com seu público.

Além disso, o médico pode escolher nichos específicos para se destacar. Em vez de ser apenas um cardiologista, ele pode ser um cardiologista especializado em atletas. Ou, em vez de ser um dermatologista generalista, pode se tornar referência em tratamentos para um determinado tipo de pele, por exemplo. Essa segmentação facilita a criação de autoridade e diferenciação no mercado.

Conclusão

O desafio de sair de um hospital de referência para um consultório próprio é real, mas não impossível. Construir uma marca pessoal exige estratégia, consistência e um trabalho contínuo de fortalecimento de awareness e reputação. Os médicos que compreendem essa jornada e investem na construção de sua identidade no mercado conseguem transformar sua presença no consultório em uma referência sólida e respeitada.

A Livance pode ser uma grande aliada nesse processo. Com infraestrutura de alto padrão, suporte especializado e tecnologia integrada, oferece o ambiente ideal para que os profissionais foquem no que realmente importa: oferecer um atendimento de excelência e consolidar sua reputação no mercado.

O caminho pode parecer desafiador, mas, com planejamento e dedicação, é possível se destacar e criar um nome forte no mercado da saúde.

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