Diversos

De nutricionista a líder de sucesso do cliente — o que aprendi nessa transição de carreira

Gabriella Gachet
16 set, 2025

É muito comum na Nutrição que os estudantes, ainda durante o curso, se interessem mais pela área clínica - afinal, numa era onde os cuidados com a alimentação e o corpo estão em evidência, é natural que a demanda de profissionais seja maior. As demais áreas não costumam receber tanta atenção, e muitas pessoas nem sabem que o nutricionista tem outras atribuições além de prescrever dietas.

Desde a faculdade eu sempre falei que não gostaria de seguir a área clínica, era o “ponto fora da curva” da sala, a pessoa que preferia passar os dias dentro de uma cozinha do que em um consultório. A parte de planejamento, gestão, qualidade, sempre me atraiu, já no início do curso. É uma área onde as oportunidades costumam ser mais abundantes e a que menos atrai os recém-formados, cheios de sonhos e planos para o futuro, que normalmente não envolvem voltar para casa “cheirando” a peixe frito.

Passei por algumas empresas, fiz pós-graduação, trabalhei com alimentação escolar, controle de qualidade, e prestei prova pro mestrado. Fiz o mestrado, mas me decepcionei com a academia e voltei pro mercado de trabalho tradicional. Trabalhei em mais algumas escolas, até que uma mudança de vida me fez aterrissar em São Paulo - sem emprego. Nessa altura, com 10 anos de formada, já estava um pouco cansada da vida de nutricionista de produção e queria tomar um novo rumo na carreira. Foi aí que apareceu a vaga da Livance e com ela um desafio que eu ainda não havia enfrentado: trabalhar fora da minha área.

De cara surgiram várias inseguranças, o medo de falhar e o de ser julgada. Cidade nova, emprego novo, numa empresa em crescimento e que eu não tinha ouvido falar até o dia que a vaga apareceu para mim no LinkedIn. Foi um mundo novo se abrindo diante de mim: o da tecnologia e da gestão de pessoas. No começo estava numa frente mais operacional, de gestão das unidades, o que era até parecido com o que eu já havia feito antes. A necessidade de gerir pessoas foi se apresentando conforme o meu desenvolvimento na Livance e minha preparação para assumir um futuro cargo de Líder de Sucesso do Membro. Nesse posto o meu papel não seria só o de garantir o funcionamento da unidade, de contribuir para o sucesso dos profissionais, auxiliá-los com networking, mas também de trabalhar liderando um time e garantindo também o sucesso e crescimento deles.

Aprender a delegar, dar e receber feedbacks e ter um olhar mais estratégico não foram os únicos desafios que enfrentei; desenvolver uma escuta mais ativa, pensar como gestora - e mentora -, lidar com as emoções envolvidas e possíveis conflitos me despertou para a necessidade de ter mais bagagem técnica para auxiliar o meu time e também do quanto precisaria saber lidar com o emocional envolvido na liderança.

Time da BGD

Gosto de pensar que liderar é levar alguém a algum lugar - e para isso eu mesma precisava estar segura do caminho que estava trilhando. Liderar não é só delegar tarefas e esperar que as pessoas cumpram, é ter capacidade de acolher, escutar e cuidar das pessoas, garantir que o time esteja alinhado com os valores da empresa, que as metas estejam sendo entregues com consistência, em prol do coletivo, e do crescimento profissional de cada um. Todo indivíduo é único e com eles vêm suas aspirações, emoções e frustrações e saber conciliar todos esses aspectos com o resultado que é esperado pela empresa é um dos maiores desafios da liderança.

O ponto mais importante aqui é o aprendizado contínuo: não só o conhecimento formal, como uma graduação, mas o aprender com os erros (seus e do time), se responsabilizar por suas decisões, melhorar a sua comunicação e não se deixar paralisar pelos obstáculos que surgirem. E aqui não quero dizer que se especializar não é importante e eu senti essa necessidade agora - me matriculei em uma graduação de Gestão de Pessoas e Equipes, comecei a procurar cursos sobre liderança, comunicação não-violenta e a ler materiais que falem sobre gestão, resultados e processos. Sair um pouco do operacional e mudar a mentalidade para um pensamento de gestão mais estratégica está sendo um dos maiores desafios atualmente, mas com confiança no time é possível.

Para quem está vivendo (ou considerando) esse movimento na carreira, deixo algumas reflexões:

  • O que te motiva? Saber os seus motivadores é o que vai te impulsionar na direção certa.
  • Não tenha medo de escolher um novo caminho ou de recalcular a rota no meio do processo. A vida é fluida, não estática.
  • Trabalhe a autoconfiança, sua e do seu time.
  • Reflita sobre todos os feedbacks que você receber pelo caminho. São eles que irão guiar o seu crescimento.
  • Não tenha pressa. Você não nasceu sabendo andar, então desfrute de cada novo aprendizado e entenda que tudo tem o seu tempo. Queimar etapas pode fazer mais mal do que bem.

E para finalizar, repito aqui: liderar é levar alguém a algum lugar. Escute mais, entenda os pontos de vista de cada um na equipe, explore seus pontos fortes e também os pontos fracos, compartilhe conhecimento. Quando seu time brilha, você também brilha.

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